sexta-feira, 4 de março de 2011

Tony Goes: Mas não se mata cavalo?

Quem resiste às provas de resistência do "BBB"? Ninguém. Nem os participantes, nem o próprio telespectador.
São sessões prolongadas de tortura, às vezes camufladas como ações de merchandising. O que está em jogo é sempre a liderança da semana, o que faz com que todos os "brothers" se esforcem ao máximo.
Mas a longuíssima duração dessas provas acaba sendo contra-producente. Nove, dez, onze horas? Por quê? Isto simplesmente não é boa televisão. Nem o mais fanático "bebebólatra" permancerá tanto tempo assistindo ao pay-per-view.
Pode-se argumentar que o "Big Brother" é muito mais do que um mero programa de TV. Eu mesmo já disse que ele se espalha por outras mídias e acaba sendo escrito a milhões de mãos, principalmente na internet.
E nos dias em que rolam provas de resistência --raros dias, felizmente-- a gente assiste ao comecinho pela Globo, depois dá uma espiadinha no Multishow, e então muda de canal ou vai dormir.
De manhã cedo ainda não saiu o resultado. Por que essa maldade, tanto com quem joga quanto com quem assiste? São poucos os momentos aproveitáveis que tais provas rendem. E são quase todos cruéis.
Lágrimas, tropeços, escorregões. A prova de ontem teve de tudo, e nem assim conseguiu ficar interessante. Ganhou Rodrigão, que nunca havia assumido a liderança. Um resultado que pode reequilibrar a disputa, já que as mulheres vinham predominando na última semana.
Mas fosse quem fosse o vencedor, essas provas são chatas demais. Nem estou reclamando do sofrimento imposto aos "brothers". Reclamo como quem liga a TV para se distrair. Ver tinta secando deve ser mais divertido.
Pessoalmente, prefiro as provas de sorte, cujo resultado sai na hora. Muito mais emocionantes. E por que tão poucas provas de habilidade ou esperteza? Veja bem, nem estou sugerindo testar os conhecimentos gerais da galera: isto também seria desumano.
Provas de resistência me lembram um filme clássico de Jane Fonda, "A Noite dos Desesperados". Um casal na miséra participa de uma maratona de dança. Depois de muitas horas, a moça está tão exausta que pede ao parceiro que a mate. Vem daí o título em inglês - "They Shoot Horses, Don't They"? - o mesmo do romance de Horace McCoy, traduzido no Brasil como "Mas Não se Mata Cavalo?"
Tenho vontade de dar um tiro de misericórdia sim, mas não nos candidatos e muito menos em mim mesmo. Queria acabar com as provas de resistência de uma vez por todas. Bang! http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/884400-tony-goes-mas-nao-se-mata-cavalo.shtml

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