"Nossa, como eu sou feio", bradou indignado o administrador pernambucano Daniel. "Ah, esquece, Dan!", respondeu Maria tentando atenuar a decepção do colega. Enquanto isso, Wesley se esborrachava de rir, imitando umas duzentas vezes a cena em que Daniel atendeu o big fone.
Mas ele mesmo confessou não ter gostado de se ver no vídeo. Queria confete? Talvez. Disse nunca ter se visto na tela e estranhou. Ao que Maria correu para tranquilizá-lo e, em contraponto, afirmar o quanto o doutor deve estar "enlouquecendo" as menininhas fora da casa. E também o quanto ele vai lhe dar trabalho.
| Embora tenha apoiado os dois, ela mesma não aprovou algo em si: "Nossa, como minha voz é estranha no vídeo". (Pausa.) "Acho que ela é estranha mesmo... Acho que eu preciso fazer fono." Ambos ficaram calados. Ninguém tentou dissuadi-la. "Ai, tô nervoso. Eu pensei que eu era mais bonito na TV", continuava desolado Daniel, enquanto comia sanduichinhos de pão com carne. "Que cabeçona! Se a TV fosse menor não cabia minha cabeça inteira! Nem Jesus dá jeito!" "Ah, esquece, Dan!", tentava ainda Maria, amparando o amigo. E Wesley? Dava risada, como um meninão alegre. "Muito engraçado, Dan! Demais cara!" E imitava o brother recém-acordado atendendo o big fone e indicando Mau Mau para o paredão. "Demais cara!" "Eu preferia não ter visto, visse?!". Daniel se ressentiu de ter escolhido os momentos em que indicou algumas pessoas que saíram do programa. Teria preferido assistir alguma cena sua com o famoso "coqueiro", que na verdade é uma palmeira, segundo Pedro Bial. Maria insistia em tranquilizá-lo. Repetia incessantemente: "Ah, esquece, Dan!" Por sua vez, ficou de saia justa ao rever a cena em que seu ex-amor, o carioca Mauricio, voltou ao "BBB11". Com a cara mais deslavada do mundo, só conseguiu dizer sem muita ênfase: "Ah, o Mau Mau... Me belisca aqui pra ver se é verdade...", enquanto o então recém-chegado Wesley fazia a sua melhor "cara de mamão", como sugeriu Maria. Mas não ficou por aí. O jovem médico se vingou pedindo a cena da sua chegada na casa, em que Maria desde o primeiro momento demonstra o seu interesse pelo rapaz. Vai se apresentando, cheia de sorrisos, se oferecendo para mostrar a casa e tem um brilho especial no olhar quando ouve o novato relatar que é médico e está solteiro. "Então era esse?", deve ter pensado Maria que, como na antiga canção de Giane, parece ter o mesmo sonho de "Dominique": "Dominique tem um sonho que alguém pode realizar. Há de vir um cavalheiro que a conduza para o altar." Dias depois ela ouviu a pergunta mágica: "Casa com o médico?". "Caso", respondeu a moça sem demora. Num momento "ingênua", Maria chegou a pensar que talvez saísse nesse último paredão por se acreditar rejeitada por ter ficado com dois homens na casa. Ora, ora... Se ficar com dois em quase três meses é problema nos dias de hoje. Quantos se vangloriam de ter ficado com cinco numa só baladinha! São outros tempos. Hoje em dia, nem a "Dominique" de Giane estaria mais esperando o "seu príncipe encantado, seu eterno namorado, que se foi pra não voltar". "Lá se foi o boi com a corda", dizia meu velho pai, fazendeiro vacariano, quando queria se referir a algo que não tinha mais volta. E agora quase não temos mais tempo! É hoje. Chegou o Dia D. Logo mais a votação popular decidirá quem é o mais novo milionário(a) brasileiro(a). "Quando eu peguei o carro pra vir pra cá, minha mãe disse: você vai estar na final. Ela tem muita fé!", segredou Maria para Daniel. "É que ela tava contrita", confirmou o companheiro. http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/895316-renato-kramer-autoimagem.shtml |
Nenhum comentário:
Postar um comentário