Daniel Rolim, 40 (embora insista em permanecer nos 29), administrador de empresas, "doutor advogado" segundo ele próprio, é natural de Arcoverde (PE).
Atualmente mora em Recife, onde cuida de um asilo com 30 idosas carentes. Este é um rápido perfil do primeiro finalista do "BBB11", e forte candidato ao prêmio.
"Pra ganhar vale tudo, até matar os participantes de raiva", teria afirmado o controverso brother momentos antes de entrar na casa.
O que teria feito o arretado pernambucano para chegar onde chegou?
Ele decididamente não é o mais belo, não é o que tem o corpo mais sarado, nem o mais jovem --ao contrário. Tem o tipo físico do "homem comum", que se encontra em qualquer rua desse Brasil afora.
Espirituoso, debochado, irreverente, emocional, divertido e irritadiço. essas são algumas características de Daniel. Tem sempre uma palavra amiga para quem precisa e é de sua turma. Sempre que pode alfineta seus desafetos. Quando excede na bebida, extravasa, "mete o pé na jaca" e mostra seu lado "devassa". Chora muito e reza mais ainda.
Será esse o seu segredo? Não ter segredo? Ser transparente em sua diversidade?
Logo que chegou na casa não queria que o rotulassem como gay. Afirmou não gostar de rótulos. Manteve uma postura discreta. Bastou firmar um pouco sua amizade com o jornalista baiano Lucival que "soltou a franga". E, provavelmente, foi quando começou a cativar o seu público. Que não parece ser um público "rotulado". O finalista tem uma torcida bastante eclética.
Se a informação de que administra um asilo para idosas foi ou não determinante para a sua aceitação maior, e bem provavelmente tenha sido, com certeza não foi o quesito decisivo. A sua maneira de ser tão abertamente humana, no misturar defeitos e virtudes, erros e acertos, exageros e comedimentos, envoltos numa religiosidade quase que infantil, talvez tenha sido o que melhor o tenha qualificado para protagonizar um reality show do gênero "BBB". Os candidatos lineares, que não carregam em si o elemento surpresa, acabam por entediar o espectador.
Os três últimos emparedados do programa proclamam abertamente sua torcida por Daniel. "Você merece", disse Wesley quando foi cumprimentá-lo pela conquista da liderança. "Só fico contente porque foi você", confidenciou Diana com seu discreto ar de conchavo. "Você sabe que eu estou torcendo pra você ganhar, Daniel", afirmou mais efusiva a atriz Maria.
Mas o administrador pernambucano ainda é só um finalista. E angariou muitas antipatias com seus excessos. Não seremos ingênuos também de pensar que vivemos num "mar de rosas" e que não há mais nenhuma espécie de preconceito, porque há. Nem tanto com a questão da sexualidade, talvez, mais até com o fato de alguns se acharem no direito de julgar com muita pressa certas atitudes alheias. Mas isso também faz parte da "brincadeira". Atração ou rejeição acabam sempre tomando rumos individuais e intransferíveis.
O fato é que Daniel Rolim já é finalista do "BBB11". O único. Só até mais à noite, quando saberemos quem deixará o programa às vésperas da festa maior. Que chato! Já pensou?!
Wesley? Educado, simpático, boa formação acadêmica, com ar de "moço bom".
Maria? Atrapalhada, fofa, franca, sensual, passional, com ar de "menina desamparada".
Diana? Comedida, focada, inteligente, descolada, com ar de "mulher centrada".
Quem perderá a "cereja do bolo"?
"Ou eu chorava ou eu morria", explicou o finalista Daniel para Maria sobre o porque não conseguiu responder para Pedro Bial sobre como estava se sentindo como o primeiro finalista do "BBB11".
"Bial devia ser ator", afirmou o pernambucano, "tu viste como ele falou o texto de hoje, foi?!" Ao que a 'pequena notável' respondeu prontamente: "Acho que ele fez algum curso de ator". "Aff, Maria!" http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/894605-renato-kramner-o-finalista.shtml
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