Se fosse em tempos de eleições, a pequena diferença de casas decimais que eliminou o candidato Mau Mau seria considerada empate técnico pelos institutos de pesquisa. Mas este não era o caso. Com uma mínima taxa percentual, o carioca Mauricio foi eliminado do "BBB11".
Desde o início das transmissões do programa de ontem, Maurício e Diogo já estavam sentados lado a lado, numa enfática demonstração de uma forte amizade. E pareciam mesmo os "melhores amigos de infância" num clipe, com cenas de carinho explícito, mostrando a relação dos dois rapazes desde que se viram pela primeira vez na casa.
Houve a retrospectiva da semana, como de praxe, um clipe supervalorizando a presença máscula e cativante do engenheiro Cristiano, um flash do fleumático Rodrigão sendo depilado por Diogo no chuveiro, mas o que todos aguardavam era mesmo a decisão final.
E ela chegou, desta vez antecedida por um erótico discurso preparado por Pedro Bial. Diogo e Mauricio estavam de mãos dadas, visivelmente comovidos. Foram aproximando-se um do outro na medida que sentiam a chegada da hora fatídica, enquanto Bial desenvolvia o seu texto.
Texto, aliás, que acabou por extrapolar a sensualidade do baiano Diogo, chegando a afirmar que sua autoconfiança lhe conferia atitudes que davam a entender que ele era quem tinha inventado o "pênis". E mais: que ouvira-se dizer que ele, antes dos 25 anos, já teria transado com mais de mil mulheres. Informação, verídica ou não, totalmente desnecessária.
E os emparedados, abraçados e emocionados, finalmente ouviram o decreto mais temido por cada um dos que entram no jogo: "Mauricio você está fora do 'BBB'". Abraçados como estavam, permaneceram. Por muito tempo. Chorando copiosamente. Eles, que acabáramos de assistir num show de "parceria" mostrada naquela pequena retrospectiva pelo tal clipe, estavam agora um eliminando o outro.
Maria, à distância, chorava de mansinho... Mas não verteu nem a metade das lágrimas de Diogo, que logo que recuperou o fôlego e conseguiu dizer alguma coisa para o amigo foi um sincero pedido de desculpas.
Foi comovente. Talvez eu não seja exatamente um bom ponto de referência para tal --devo confessar que às vezes choro em comercial de margarina-- mas a ideia de vê-los sofrendo a dor da separação tornou-se por instantes muito mais forte do que a questão da saída de mais um membro da casa.
Mau Mau saiu docemente, com a imagem de um bom moço, um "brother" de coração sensível, dono de olhos profundamente azuis e expressivos. Diogo ficou: magoado com a saída do melhor amigo, e consciente de que, não só pela falta que ele lhe fará, mas por outros "bons motivos", nem ele nem nada mais será como antes.
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