segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Tony Goes: Coração ligado, beat acelerado

Ligaram o "Big Brother" no 220v. O programa de ontem na Globo correu desembestado atrás do tempo perdido. Além do clássico resumão do dia, houve dupla eliminação, nova prova do líder, chegada de novos integrantes. E quase tudo funcionou.
O clima de colônia de férias dos primeiros dias está se dissipando. Os "brothers" remanescentes finalmente se deram conta de que participam de um jogo. E que cada coleguinha é um adversário a ser derrotado, não um novo amigo ou namorado em potencial.
Isto ficou claro quando saiu o resultado do paredão. Houve lágrimas, sim, mas bem menos que da última vez. Talula se comoveu com a eliminação de seu ficante Rodrigo, mas foi só ele sair porta afora que a moça se recuperou rapidamente. Isto é que uma viúva alegre.

O mesmo aconteceu com Natalia. Desta vez sua protegida Michelly não escapou. A policial conduziu a promoter até a saída, lhe deu um abraço compungido e apertado, e pronto. Next!
É interessante notar que a estratégia do acasalamento se esfarelou. Todos os pares formados no começo do programa foram desfeitos pelo público. Nenhum deles está mais junto: Diogo e Michelly, Maurício e Maria, Rodrigo e Talula. O espectador não se comoveu com esses romances postiços.
E isto é bom, por que dá uma outra dinâmica ao "BBB". As coisas ficam mais ágeis e menos melosas. Até a prova do líder correu bem: apesar de ter uma mecânica semelhante à enfadonha competição de DJs da semana passada, o sistema de bolinhas se revelou simples e eficaz.
Talula ganhou na sorte e fez o que se esperava dela: mandou seu desafeto Igor para o paredão. Sem maiores justificativas, ainda bem. Ninguém aguenta mais aquela chorumela de "não tenho nada contra esta pessoa, veja bem, eu sou legal."
Igor agora vai enfrentar Diana. Torço desapudoramente pela amazona loura, que me parece destoar um pouco do padrão habitual das "sisters". Ela foi escolhida por nada menos do que quatro homens no confessionário, numa tentativa declarada de salvar o "brother" condenado.
"A Diana é mais fraca que o Igor", alegaram todos. Será mesmo? A moça é até discreta se comparada ao rapaz, que azucrina a todos com seu vocabulário para lá de limitado. Mas a pan-sexualidade assumida de Diana deve estar incomodando os rinocerontes da casa. Ela é uma predadora tranquila e não se encaixa no figurino da "cachorra". Os machos tremem diante dela.
A única nota falsa da edição de ontem foi a anti-climática chegada de Wesley e Adriana. Os antigos "brothers" ficaram confusos: "Quem são vocês? Novos participantes?" Sim e dá-lhe beijinhos e abraços de boas-vindas. Vistos de longe, os recém-chegados se misturaram facilmente aos veteranos. O que é mau sinal: temo que minhas suspeitas de mais do mesmo sejam logo confirmadas.
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