Apesar de ver Daniel como o candidato mais forte para levar o prêmio de R$ 1,5 milhão desta edição do Big Brother Brasil, Kleber Bambam, o primeiro vencedor do reality show, afirma não ver em nenhum participante uma personalidade suficientemente intensa para mobilizar o público na hora de votar. "Não teve ninguém que cativou bastante, como foi no meu, no do (Diego) Alemão, no do (Marcelo) Dourado, quando, no meio do programa, as pessoas já simpatizavam mais com a gente".
Em entrevista exclusiva ao Terra, o ex-participante explicou que talvez isso seja fruto do próprio entendimento dos selecionados em relação ao programa. Segundo ele, nas primeiras edições, os competidores tinham como foco apenas a conquista do prêmio, algo bem diferente do que ocorre nos dias de hoje, em que se pensa mais na exposição midiática do que na bolada oferecida pela Rede Globo ao ganhador.
"Eles entram querendo se promover, e isso, às vezes, prejudica o próprio conteúdo da disputa". A consequência para essa nova mentalidade seria a baixa repercussão que o programa tem tido nas ruas. "Normalmente, todo mundo vem falar comigo, mas, neste ano, não. Não tá mais aquele fervo de antes".
Colhendo frutos
Se alguns ex-participantes não souberam lidar bem com a fama e o dinheiro advindos do Big Brother Brasil, Bambam, definitivamente, não é o caso. Além de ter rendimentos nas áreas de construção civil, loteamento de condomínios e até na bolsa de valores, ele ainda obtém lucros semanais com sua imagem de ex-BBB, título que afirma envergar com orgulho, mesmo passados quase dez anos de sua participação no reality show.
"Eu virei um personagem como o Ronaldo, o Pelé", diz, com notório exagero, "criei uma identidade: eu sou o ex-big brother, o Kleber Bambam, graças a Deus".
O maior exemplo da manutenção dessa identidade é o que chama de bico, realizado até três vezes por semana: a presença remunerada em eventos. Em apenas uma hora em bailes de debutantes, o vencedor da primeira edição do programa consegue tirar até R$ 5 mil - cerca de metade do lucro que obtinha oito anos atrás, quando venceu o programa. "É o meu extra. Uso o dinheiro pra trocar o carro, viajar pro exterior. Semana que vem, vou pra Disney".
Bambam ainda confessa ser procurado com frequência por ex-participantes para assessorá-los em suas carreiras, ajudando-os a dar continuidade à fama repentina - e, normalmente, pouco duradoura - obtida dentro da casa. "Eu ganho dinheiro colocando eles nos lugares, nas boates que eu já fui", e conclui, "sou empresário e representante dos big brothers com o maior prazer". http://diversao.terra.com.br/tv/bbb11/noticias/0,,OI5013315-EI17223,00-Bambam+diz+que+participantes+de+BBB+nao+cativaram+publico.html
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